Livre, leve e preso
Ganhamos.
Ontem o Lula se tornou presidente pela terceira vez. Não tenho grandes esperancas sobre o governo dele, mas a volta a uma mínima normalidade no país me deixou leve. Soltei um grito silencioso que estava engasgado desde 2018.
Aproveitei a catarse e mandei os piores prints no grupo da família. Mandei todo mundo tomar no cu. Mandei um monte de gente a merda. Anos esperando isso. Bloqueei todos eles no WhatsApp e agora na vida. Vocês tiveram uma pandemia pra serem humanos e não foram. Vocês não merecem estar do meu lado.
Principalmente aquela tia que tem renda de jogador de futebol e me negou 200 reais pra pagar a luz quando minha mãe tava desempregada e eu também. Eu nunca esqueci disso. Eu nunca esqueci dela xingando minha mãe. Eu sempre fiz de conta de tava tudo ok, mas nunca esteve.
Agora eu trabalho, pago as contas e ajudo minha mãe e meu irmão. Espero que essa tia um dia seja capaz de entender o mal que ela fez para várias pessoas com a postura dela. E espero que meu pai se ligue disso (eu acho que ele já se ligou).
Pessoas que votam no Bolsonaro não são todas más, mas essa tia é. Tem nojo de pobre. Queria que a empregada chamasse ela de doutora e ficou braba quando essa domestica comprou um carro 1.0.
Não quero mais aproximação com essa gente.
E hoje foi o dia de fazer isso.
Tentaram nos matar. Não conseguiram.
Conseguiram que muitos de nós morressem. Por falta de ar, por falta de vacina, por desumanidade.
Mas nós estamos aqui.
E temos um país para reconstruir.
Até a vitória, sempre.