Elon Musk se dá bem ao não permitir funcionários sindicalizados na Tesla.
Enquanto todos se concentram em quem piscará primeiro no impasse trabalhista entre os fabricantes de automóveis de Detroit e seus trabalhadores sindicalizados, uma pessoa já está sendo declarada vencedora: Elon Musk.
O CEO da Tesla já estava desfrutando de uma grande vantagem de custo sobre seus concorrentes graças a processos de produção mais simplificados e salários mais baixos para sua força de trabalho não sindicalizada. Agora que os funcionários do UAW estão em greve e provavelmente terão salários mais altos, independentemente do desfecho dessa disputa trabalhista, a vantagem da Tesla nessa área só aumentará.
Os custos de mão de obra da Tesla são, em média, de US$ 45 por hora, comparados aos da GM, Stellantis e Ford, estimados em US$ 66 por hora, de acordo com o WSJ.
E se o UAW obtiver os aumentos salariais drásticos que inicialmente buscava, os custos de mão de obra para as Três Grandes de Detroit aumentariam para US$ 136 por hora, de acordo com o Wells Fargo.
Este ano, a Tesla usou essa vantagem de custo para reduzir os preços de seus carros em uma tentativa de manter sua participação no mercado de veículos elétricos. Até o momento, essa estratégia tem valido a pena: Apesar dos cortes de preços, os lucros da Tesla no segundo trimestre aumentaram 20%.
O presidente do UAW, Shawn Fain, rejeitou os comentários de que sua ação trabalhista apenas solidificaria o domínio da Tesla no mercado de veículos elétricos. “Nossa preocupação é que as pessoas da classe trabalhadora precisam de sua parcela de justiça econômica neste mundo”, disse ele à CNBC na semana passada.
